No olhar a única verdade, foi lindo, abriu a porta, sorriu pra vida, dançou na chuva, colheu flores pelos caminhos...

Te amar é pouco eu sei, mas é tudo que tenho pra te dar, me faça todo seu, não deixe o tempo levar.

Dizem que sou poeta, mas acho que não, sou um catador de letrinhas, junto umas aqui, outras ali, também as que caíram no chão.

Minha travessia começou no teu olhar, meus medos tive que deixar, vou ter que me enfrentar, ainda faz frio, as lembranças me rodeiam, não posso parar.

Outrora verde, macia, agora, sem vida, sem cor, a última folha morta, do salgueiro se despedia, sem destino certo, levada pelos ventos, perdida entre prados e cercanias, uma nova história escreveria.